terça-feira, 6 de agosto de 2013

Chão de Lama

A saudade é meu espaço vazio
Alimentada por um quadro negro e frio
Uma foto sua em minha cabeça
Pois nunca estivemos juntos.
A saudade é o que chamo dos momentos vividos
Naquele quarto coberto com lençol azul
Que cobria meu corpo
Nitidamente ao seu.
A saudade é raiva que queima por dentro
A dor de todo jeito
E a vontade de arranhar a sua cara
E espatifar a sua cama.
A saudade nada mais é
Que a alma fria e seca
Do que um dia se foi
E hoje já não é mais.
A saudade é o fogo
A brasa dos meus pés descalços
Sem sossego acreditando um dia
Apagar a chama com o sopro dos meus lábios.
A saudade é a paz que acredito
De todo tempo perdido
Da escuridão e do clarão
Que um dia senti.
E hoje é minha alma coberta
De lençóis de lamas,
Tenho um corpo deitado sobre ele
Que nunca mais terá outro chão.

Elaine Freitas
06-08-2013


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Voltando a Ser

Meus sentimentos bons
Afastaram você de mim
Achei que fosse o certo
Acabei errando
E hoje sou culpada por todo meu pranto.
Mas quem é que vai enxugar as lágrimas?
Gostaria que você as enxugasse
Será possível um dia os abraços voltarem?
E os risos intensos como eram?
E um dia, breve ou não,
Um dia de sol, ou de escuridão.
Eu ei de te amar mais e mais
Porque sei que o que eu sinto não morreu
Eu sinto ainda vivo
E isso mantém a minha alma em delírio.
Se você soubesse ao que leva meus pensamentos
O quanto estaria feliz ao vê-lo sorrir para mim, de novo.
Não posso ser egoísta e te querer só meu
Nem tenho esse direito
Só a vida que pode ter.
Mas obrigada por abrir caminhos
E obrigada por me amar.
Porque se não é amor,
Não sei mais nada,
Nada sei dessa vida errada.

 Elaine Freitas

05/08/2013